O Atleta

Nome: André Derosso Teixeira

Idade: 36

Natural: Curitiba-PR

Reside: Santos-SP    

 

Mesmo amador, não tenho receio de me apresentar como atleta.

    Com 14 anos de idade comecei a praticar natação e um ano depois, em 1994, já integrava a equipe do CEFET-PR localizado na cidade onde nasci e vivi até os 26 anos de idade, Curitiba. Nos 4 anos que fiz parte da equipe, conquistei muitas vitórias, sendo que a principal foi ser eleito atleta revelação no ano de 1996. Neste mesmo ano participei do Sul-Brasileiro de Natação realizado no Clube Náutico União, em Porto Alegre-RS.

    Sempre gostei de desafiar meus limites. Na natação encontrei este desafio nas provas de fundo e resistência. Iniciei na natação para auxiliar na prática de uma outra paixão: o surf. No início era somente uma maneira de melhorar o condicionamento fisíco e me sentir mais seguro em mares mais "casca grossa".

    Logo eu já estava nadando provas de 400 metros e 1500 metros nado livre, 400 metros nado medley e 200 metros nado costas. Nesta inclusive obtive meu primeiro índice para participar de campeonatos. Mas a piscina não era o limite. Vieram as primeiras travessias em Guaratuba-PR, Porto Belo-SC e Lagoa da Conceição na cidade de Florianópolis-SC.

    No mesmo ano de 1996, para acompanhar o amigo, Ericsson Pereira, que também fazia parte da equipe de natação, participei de três etapas do campeonato de duathlon, organizada pela escola de natação Amaral. A prova consistia em nadar na piscina da escola Amaral e correr na quadra em volta da escola. Ericsson tinha um dom para a corrida e ganhou a maioria das etapas. A cada etapa as distâncias aumentavam. E talvez não seja por acaso que minha melhor colocação, o 2o lugar, foi na prova de 800 metros de natação e 5500 metros de corridas. Participei deste tipo de prova somente naquele ano.

    Eu acreditava que não gostava de correr e continuei somente na natação. Vieram os compromissos relacionados ao vestibular, depois a universidade e o trabalho. E, em 1998, parei de nadar também. Fiquei sem nadar de 1998 a 2005. Fiz uma tentativa de retornar em 2002, ainda durante a universidade. Mas para conciliar a natação, a universidade e o trabalho precisa acordar as 05:00 da manhã para as 06:00 começar a natação. Terminava as 06:45 e ainda precisa percorrer mais 25 km para chegar ao trabalho antes das 08:00. Esta aventura durou, eu acredito, no máximo uns 4 meses.

    Meu retorno à natação ocorreu no início de 2005, após minha formatura. Recomecei e logo já participava de campeonatos, agora com meus 26 anos, na categoria Master. Quando estava voltando a alcançar meus tempos da epóca de CEFET-PR, fui aprovado em um concurso público e novamente, por mais um ano, deixei de nadar. Precisei mudar para Salvador, onde realizei um curso para exercer minha atual profissão. Curso este que exigia tempo e dedicação integral. Finalizado o curso em Agosto de 2006 mudei para Aracaju, onde atualmente moro e exerço meus trabalhos.

    Conversando sobre a mudança e aspectos pessoais durante uma visita para conhecer as instalações da empresa, soube que havia uma equipe de natação. Poucos dias depois já estava retornando aos treinos e em poucos meses já participava de campeonatos locais. No mesmo ano de 2006, no Desafio TV Sergipe, consegui a 4a colocação em uma prova de 50 metros livre, que nunca foi meu forte. Em 2007, participei dos campeonatos regionais e master obtendo boas colocações, inclusive classificação para a etapa regional nordeste dos jogos do SESI e batendo recordes na categoria Master.

    Em 2008, fiquei sem nadar devido a problemas pessoais que me desmotivaram. Mas este ano foi marcante, pois antes de parar as atividades esportivas, participei da Corrida Cidade de Aracaju. Esta corrida celebra o aniversário da capital e ao mesmo tempo relembra a mudança da capital, que antes era em São Cristovão. São 25 km percorridos entre as cidades de São Cristovão e Aracaju. Na epóca, eu somente nadava e "incentivado", ou melhor, desafiado pelo professor de natação Sergio Nunes e o colega Evandro Paton, resolvi fazer a corrida.

    Comecei achando o máximo, nos primeiros quilômetros passei a frente deles achando que estava abafando, mas logo começaram as subidas e descidas. Fui ultrapassado por eles e não tinha forças para acompanhá-los. No quilômetro 14 eu já estava muito cansado e procurando o carro de apoio para tomar uns isotônicos. Quando encontrei o carro, comentaram que como eu estava demorando, acharam que eu já havia passado. Logo depois que parei vinha a pior parte. Uma subida de 1 km que fiz mais caminhando que tentando correr. Depois da subida vinha a reta final. Mas uma reta muito longa com uns 8 km até chegar na avenida que dava acesso à chegada. Fiz este percurso final com muita dificuldade, alternando entre caminhadas e tentivas de correr até que 2 horas e 52 minutos depois de largar, alcancei a linha de chegada.

    A recuperação foi dura. Uma semana com dores abdominais e nas pernas. Andava parecendo um robô. A única posição que me sentia bem, ou melhor, menos mal, era deitado. Depois desta prova, mas não por causa dela, e sim por questões particulares não retornei à natação em 2008.

    Apesar das adversidades ocorridas neste ano, foi em 2008 mesmo que uma decisão me tornaria um apaixonado, ou como muitos dizem, um louco pelo Triathlon.

    Mas como o Triathlon entrou em minha vida ?

    Até 2005 trabalhava em outra empresa, ainda no Paraná, e participando dos jogos do SESI conheci um colega, hoje um verdadeiro amigo, chamado Francisco Kirchgassner, o Chico. Formávamos o revezamento 4 x 50 metros livre. Na viagem para Apucarana (Jogos Estaduais de 2004) nos conhecemos melhor e comecei a acompanhar a sua trajetória, pois ele já disputava provas de Triathlon. Em 2005 surgiu a chance de juntos, participarmos do Nissan X-Terra Brasil - prova de Triathlon Cross Country (disputado em trilhas) - que aconteceria no dia 31 de Julho de 2005 em Ilha Bela - SP. Mas a saída da empresa impediu minha participação, pois no dia 01 de Agosto de 2005 me apresentei na atual empresa. Na época senti por não participar da prova. O tempo passou e eu continuei acompanhando os desafios e as provas através das notícias recebidas. Até que, depois de receber a notícia da classificação da equipe, formada pelo Chico, para a final mundial do Nissan X-Terra, realizada em Maui - Hawaii, decidi iniciar no Triathlon.
    Recebi o incentivo de quem já estava calejado na modalidade e a ajuda na hora de comprar os primeiros equipamentos (tênis, bike e acessórios).